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É realizado o XIII Seminário de Desenvolvimento Sustentável pelos grupos PET’s da UFPR Litoral!

No dia 18 de setembro foi realizado o XIII Seminário de Desenvolvimento Sustentável com o tema “Alternativas Sistêmicas: caminhos para um novo amanhã”, evento organizado pelos PETs do Setor Litoral, PET Comunidades do Campo, Litoral Social e Indígena. A escolha do tema teve por objetivo fazer uma crítica ao atual modelo de desenvolvimento econômico e propor alternativas a serem tomadas para o enfrentamento da crise socioambiental resultante da superexploração da natureza, abordando temas como adaptação climática, desigualdades sociais, desdobramentos políticos e o papel da ciência na construção de um novo modelo de sociedade.

O evento iniciou com a apresentação de trabalhos de estudantes da UFPR Litoral sobre a temática do evento, além de uma feira de artesanato com a presença de artesãos locais e indígenas.

Em sua tradicional mística de abertura, os convidados Gabe Carvalho e Dudu do Vale, apresentaram 3 sambas que retratam a história e os desafios da realidade brasileira.

Após a apresentação, a primeira palestrante, Maria Carolina Maziviero, foi convidada para iniciar sua fala com a palestra de título “Impactos da Crise Ambiental em Territórios de Pobreza no Sul Global: Resiliência e Construção dos Comuns (Commons)”. Maria abordou pontos essenciais para o entendimento e interpretação das desigualdades sociais e injustiças ambientais nos territórios das cidades, que emergiram a partir das externalidades do sistema econômico dominante, para isso abordou conceitos como Capitaloceno e Racismo Ambiental. Como alternativa à esse modelo de desenvolvimento urbano que é desigual e excludente, a palestrante apresentou o conceito de Bens Comuns, ressaltando a potência dos movimentos e organizações sociais e citando algumas iniciativas coletivas em favelas urbanas, além de destacar o papel da universidade e de pesquisadores como ponte e representantes da comunidade externa no que diz respeito ao conhecimento técnico, através das atividades extensionistas. 

A segunda palestrante, Juliana Kerexu Rete, por motivos de saúde precisou participar online, apresentou a palestra de título “As mudanças climáticas, e os mecanismos tradicionais do povo Mbya-Guarani, como adiar o fim do mundo. A queda do céu já aconteceu ou não?”. Juliana iniciou sua fala contextualizando sua experiência como Cacica da Aldeia Tekoa Takuaty na terra indígena Ilha da Cotinga. A palestrante trouxe referências como Ailton Krenak e Davi Kopenawa permeando o modo de vida Guarani e de outros povos originários que se enxergam como parte da natureza, onde não existe a dissociação entre ser-humano e natureza. Abordou pontos importantes relacionados ao papel do não indígena para a conservação ambiental, uma vez que os povos originários já fazem isso há muito tempo, e essa não é uma responsabilidade que deve cair sobre eles como guardiões, afinal toda a humanidade depende do bom funcionamento dos ecossistemas essenciais à vida. Juliana ressaltou que os espaços de fala para os indígenas dentro da universidade são essenciais para dar visibilidade à outros modos de ser, que não sejam pautados na superexploração da natureza, e que para isso o compartilhamento de saberes ancestrais sobre a forma de relação com a natureza podem e devem ser compartilhados, desde que exista o respeito perante às culturas e saberes ancestrais. 

Após as duas palestras, o Evento contou com um coffe-break de encerramento.

Universidade Federal do Paraná


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83260000 | Matinhos |
pet.comunidadesdocampo@gmail.com

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